Polêmica envolvendo Fernanda Torres repercute na imprensa internacional; saiba mais

Polêmica envolvendo Fernanda Torres repercute na imprensa internacional; saiba mais

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 26/12/2025 às 12:14 / Leia em 3 minutos

O comercial da Havaianas estrelado pela atriz Fernanda Torres repercutiu na imprensa internacional. Na propaganda, que causou polêmica entre políticos e apoiadores da direita, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano “com o pé direito”. 

Na reportagem intitulada “São as sandálias de dedo favoritas do Brasil. Agora, a direita está boicotando”, o jornal norte-americano New York Times, um dos mais respeitados do mundo, destaca que, durante anos, os chinelos da marca foram “um símbolo global da cultura brasileira” e agora “estão no centro de uma disputa política”. 

“Mesmo com as divisões políticas fragmentando a maior nação da América Latina, o amor inabalável pelas sandálias Havaianas era algo em que a maioria concordava. ‘Todo mundo usa’, afirma o slogan da empresa. ‘Todo mundo ama.’ Isto é, até que o chinelo favorito do Brasil foi subitamente envolvido em uma tempestade política”, destaca o texto.

Já o jornal britânico The Guardian escreveu que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro “cancelaram” a Havaianas por causa do comercial. “Sem liderança desde que seu principal representante foi preso por tentativa de golpe , a extrema direita brasileira encontrou um novo inimigo: a marca de chinelos Havaianas”, destacou a publicação.

O jornal francês Le Monde destacou que a marca passou a enfrentar “pedidos de boicote” por parte de figuras políticas “que consideram a propaganda tendenciosa contra a direita, com a proximidade das eleições presidenciais do próximo ano”. 

O assunto também foi destaque no El País. Para o jornal espanhol, o boicote à Havaianas se tornou “a mais recente obsessão da extrema-direita brasileira”. 

“Poucas coisas no Brasil são tão universais quanto as sandálias de dedo: na ausência de dados censitários confiáveis, pode-se afirmar com segurança que cada um dos 213 milhões de habitantes do Brasil possui pelo menos um par do clássico chinelo de dedo — um calçado básico, de borracha, rudimentar e confortável. Havaianas (a marca há muito se tornou sinônimo do produto) são — ou eram — praticamente um emblema nacional, uma daquelas marcas que todo mundo gosta… até agora. Uma recente campanha publicitária provocou a fúria da extrema-direita, que lançou uma campanha de boicote nas redes sociais”, ressalta o jornal.

Em sua análise, o El País também defende que a extrema direita brasileira está “desorientada e sem uma narrativa sólida para se unir”, e menciona a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “O líder do movimento está preso, cumprindo pena de 27 anos por conspiração golpista . O presidente dos EUA, Donald Trump, que durante meses ameaçou o Brasil com tarifas e sanções para tentar influenciar o julgamento de Bolsonaro, diminuiu o tom e agora posa sorrindo ao lado do presidente brasileiro Lula da Silva, que atualmente aparece em todas as pesquisas como o claro favorito para vencer as eleições do ano que vem”, afirma o texto.

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