Previsto para encerrar sua primeira fase em dezembro deste ano, o Roda, programa inédito de coleta seletiva no Centro de Salvador, foi prorrogado para 2026. Após uma pausa temporária entre os dias 20 de dezembro e 4 de janeiro, quando serão realizados ajustes operacionais e o planejamento da nova etapa, a iniciativa retorna a partir de 5 de janeiro.
A iniciativa completou 100 dias de operação com mais de 34,5 toneladas de resíduos recicláveis recolhidos e 1.620 km percorridos na região do Centro Histórico da capital baiana, atendendo a 284 participantes, entre estabelecimentos comerciais e moradores. Nesta primeira fase, 348,35 kg de CO₂ deixaram de ser emitidos na atmosfera.
O engajamento da comunidade, os impactos ambientais positivos e a adesão crescente de comerciantes e moradores contribuíram para a decisão de estender o projeto. De acordo com o titular da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal, Ivan Euler, a prorrogação é um reconhecimento direto do sucesso do programa piloto.
“O Roda demonstra, na prática, que iniciativas colaborativas e bem estruturadas transformam o dia a dia da cidade. Os resultados superaram as expectativas e mostram que Salvador está pronta para avançar ainda mais em soluções sustentáveis para o Centro”, afirma.

Para Saville Alves, líder de negócios da startup Solos – responsável por desenvolver o projeto – a continuidade do Roda representa mais do que um avanço operacional, simboliza o reconhecimento de um modelo que tem transformado a relação das comunidades com seus resíduos.
“A prorrogação do Roda para 2026 reforça a confiança no modelo e mostra que, quando unimos engajamento comunitário, tecnologia e gestão pública eficiente, conseguimos redesenhar a forma como lidamos com os resíduos. É uma conquista para Salvador e um passo decisivo para o fortalecimento da economia circular no Brasil”, pontua.
Já Cristiano Alves, presidente da Cooperativa de Reciclagem União Nazaré (Crum), parceira do programa, destaca a relevância da iniciativa para o trabalho de catadores e catadoras da cidade. “O Roda teve um papel muito importante no fortalecimento da cooperativa. Ao longo do ano, o projeto mostrou na prática que a coleta seletiva pode ser eficiente quando existe organização, educação ambiental e envolvimento da comunidade. Além disso, contribuiu diretamente para a valorização do trabalho dos catadores e catadoras, e para a construção de uma cultura mais consciente sobre a destinação correta dos resíduos”, diz.
