A Câmara Municipal de Feira de Santana aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (4), o Projeto de Lei 09/2025, que reconhece a Caixa d’Água do Tomba como Patrimônio Cultural do município.
A estrutura, inaugurada em 1984 pela Embasa, tornou-se um dos principais ícones urbanos da cidade devido à sua arquitetura arrojada, frequentemente comparada pela população a um disco voador.
De autoria do vereador e presidente da Casa, Marcos Lima (UB), a proposta justifica o tombamento pelo valor simbólico e paisagístico do monumento. Localizado na zona sul, o reservatório consolidou-se como uma referência geográfica e afetiva para os moradores, sendo objeto recorrente de registros artísticos e fotográficos que reforçam a identidade local.
Com 30 metros de altura, divididos entre 20 metros de colunas e 10 metros de reservatório, a obra foi erguida como parte do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Pedra do Cavalo.
Na época da construção, se destacou como o segundo maior reservatório elevado do Brasil, com capacidade para armazenar 3.900 m³ de água.
Embora o imaginário popular associe o formato da estrutura a uma nave espacial, o projeto original tinha uma inspiração mais orgânica: o desenhista responsável concebeu a obra baseando-se na forma de uma “Flor de Golfo”.
Durante décadas, o equipamento desempenhou papel fundamental no abastecimento do populoso bairro do Tomba e das fábricas do Centro Industrial do Subaé (CIS).
Atualmente, segundo a assessoria da Embasa, o reservatório encontra-se fora de operação, pois suas especificações técnicas já não atendem ao regime operacional adotado no sistema hídrico moderno do município.
