O filme “O Chamado do Mar”, novo trabalho do cineasta baiano Thiago Sampaio, segue conquistando destaque dentro e fora do país. Após uma estreia emocionante na COP30, em Belém, o filme segue para circulação em festivais internacionais. A primeira exibição será em uma mostra cultural em Lisboa, em Portugal, no dia 18 de dezembro. Selecionado como semifinalista do Sunday Shorts Film Festival, o curta também será exibido em Londres em janeiro de 2026.
Narrado pela ativista, comunicadora e líder indígena Alice Pataxó, uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela BBC, o filme é um curta-manifesto que nasce do encontro entre ancestralidade e contemporaneidade, mergulhando na relação espiritual do povo Pataxó com o oceano, tratado como entidade viva e força de renovação.
A sessão de estreia, durante a programação da Casa da Voz dos Oceanos na COP30, aconteceu um dia após a demarcação oficial da terra de Alice Pataxó, Comexatibá, localizada no extremo sul da Bahia. A celebração da demarcação territorial após 30 anos de luta conferiu ao lançamento um simbolismo forte e profundamente celebrado.
“Esse acontecimento transformou a primeira exibição em algo que nenhuma produção pode planejar: uma celebração viva. Muitas pessoas se emocionaram com a força e a delicadeza dessa reconciliação entre Alice e o mar, que guarda feridas profundas da colonização. Foi como se o filme tivesse encontrado seu próprio destino”, destaca o diretor Thiago Sampaio.