Da fantasia ao romance, passando pelo suspense e pela ficção científica, livros com valores evangélicos e católicos atraíram o interesse tanto de quem lê ebooks publicados de forma independente quanto das editoras tradicionais. Plataformas de autopublicação como a da Amazon e até o Wattpad, famoso pelas fanfics, ajudaram a disseminar novos autores.
Apesar da tendência de crescimento nos últimos anos, a chamada ficção cristã já está por aí há algum tempo. Até então, contudo, os principais expoentes do segmento sequer eram tão conhecidos como representantes do gênero. Só para dar uma ideia, alguns dos maiores exemplos internacionais são As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, e A Cabana, de William P. Young – ambos já adaptados para o cinema.
De forma geral, a ficção cristã é definida por ter ensinamentos cristãos no texto, mas sem fazer proselitismo. Nos últimos anos, houve um movimento orgânico. Primeiro porque a ficção geral vive um momento de ascensão no mercado brasileiro, especialmente com o público ‘YA’ (young adult, ou jovem adulto, na tradução do inglês), que é um dos que mais se interessa por eventos literários. Ao mesmo tempo, leitores cristãos queriam ler livros com os quais se identificassem.
O romance cristão, assim como todos os outros subgêneros da ficção cristã, tem enredos e arcos baseados nos valores cristãos. Quem olha apenas as capas coloridas, que são uma marca dos livros de romance de hoje em geral, pode nem perceber de que é um tipo de romance diferente. A maior diferença é que os livros não têm cenas de sexo.