Salvador passou a contar com um espaço público que une tecnologia, arte digital e educação ambiental. A Sala Imersiva do Centro de Interpretação da Mata Atlântica (Cima), no Bonfim, funciona de terça a domingo, sem necessidade de agendamento, e é a primeira estrutura multissensorial gratuita da cidade.
O ambiente utiliza projetores de alta resolução que exibem nas paredes e no chão árvores, animais e elementos do bioma presente na capital. A curadoria do conteúdo audiovisual é do SSA Mapping, festival internacional de artes visuais conhecido por transformar prédios históricos de Salvador em telas monumentais.

Salvador inaugura sala imersiva gratuita dedicada à Mata Atlântica
Durante a experiência, o público acompanha sons de pássaros, movimentos da floresta, informações sobre espécies e dados sobre preservação e devastação da Mata Atlântica. As projeções também ilustram a história do bioma, o avanço urbano e os desafios atuais de conservação.
Segundo José Enrique Glezes, do SSA Mapping, a sala permite que os visitantes interajam com a narrativa digital enquanto conhecem a diversidade de plantas e animais. Ele destaca que poucas cidades no mundo possuem salas imersivas dedicadas à temática socioambiental. “O foco é usar essa experiência para conscientizar crianças e adultos sobre a importância da Mata Atlântica”, afirma.

Salvador inaugura sala imersiva gratuita dedicada à Mata Atlântica
A Sala Imersiva recebe estudantes da rede municipal e particular, turistas e moradores. As sessões não exigem agendamento, mas o acesso é limitado a cerca de 20 pessoas para garantir conforto durante as projeções.
O arte-educador Danilo Lima explica que o espaço marca o início do processo educativo. “Conversamos com as crianças sobre a relação com o meio ambiente e a importância de preservar nossos espaços naturais, como mata, rios e mar”, diz.
O secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, afirma que o equipamento reforça a importância da preservação do bioma que molda a identidade natural da capital. Ele destaca que o Cima reúne área preservada e espaços voltados à educação ambiental. “A sala imersiva ajuda a formar uma geração consciente do valor da Mata Atlântica e dos impactos do desmatamento”, completa.