A ArcelorMittal e a Casa dos Ventos colocaram em operação comercial plena 100% do Complexo Eólico Babilônia Centro, em Várzea Nova, no Centro-Norte da Bahia. O parque, concluído de forma antecipada em julho, reúne 123 aerogeradores, está totalmente conectado ao Sistema Interligado Nacional e teve sua operação autorizada em outubro. O investimento total é de R$ 4,2 bilhões, com capacidade de geração de 553,5 MW. A outorga da ANEEL é válida por 35 anos.
A joint venture entre as duas empresas foi formalizada em abril de 2023, firmando um dos maiores contratos corporativos de energia renovável do país, com fornecimento inicial de 267 MW de energia eólica para a ArcelorMittal — volume suficiente para suprir o consumo de mais de 1 milhão de residências. O complexo marca o primeiro projeto eólico da empresa no Brasil.
“Antecipamos o início de operação comercial em um momento muito importante. A inauguração vai ampliar a diversificação da matriz energética, aumentar a competitividade, reduzir custos operacionais e contribuir para a descarbonização das nossas operações”, afirma Everton Negresiolo, CEO da ArcelorMittal Aços Longos LATAM.
Na construção do parque, a ArcelorMittal utilizou o vergalhão XCarb©, produzido com 100% de material metálico reciclado e energia renovável, reduzindo em cerca de 60% a emissão de carbono no processo produtivo. O complexo tem potencial para evitar a emissão anual de 204 mil toneladas de CO₂.
A Casa dos Ventos e a ArcelorMittal já haviam iniciado parcialmente a operação em fevereiro, com a ativação gradual dos aerogeradores. “Estamos satisfeitos com mais uma antecipação e com a ampliação da parceria para construção de uma usina solar. Os avanços refletem uma visão estratégica alinhada e uma colaboração operacional bem-sucedida”, destaca Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.
Em agosto do ano passado, as empresas criaram uma segunda joint venture para instalar um projeto solar de 200 MW também no Complexo Babilônia Centro, entre Morro do Chapéu e Várzea Nova. O investimento é de aproximadamente R$ 700 milhões, com operação comercial prevista para dezembro de 2025.
O empreendimento reforça a estratégia de descarbonização da ArcelorMittal, que tem como meta alcançar 100% de energia elétrica renovável até 2030 e zerar emissões líquidas de carbono até 2050.