O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, negou o habeas corpus e decidiu manter a prisão do banqueiro Augusto Lima, ex-sócio de Daniel Vorcaro no Banco Master. A decisão foi expedida na noite dessa terça-feira (25). Lima está detido há oito dias.
O executivo é investigado na Operação Compliance Zero, que apura uma suposta fraude de R$ 12 bilhões envolvendo carteiras de crédito negociadas pelo Banco Master. Ao rejeitar o pedido da defesa, Herman Benjamin afirmou que o recurso não é admissível com base na Súmula 691, segundo a qual não cabe ao STJ julgar habeas corpus contra decisão monocrática de desembargador que negou liminar. Dessa forma, considerou prematura a atuação da Corte no caso.
Em nota, os advogados de Augusto Lima afirmaram que ele já havia deixado todas as funções executivas no Banco Master em maio de 2024 e que “as operações atualmente investigadas são posteriores à sua saída”. “A defesa tem plena confiança de que a apuração demonstrará a absoluta inexistência de vínculo entre Augusto Lima e as operações objeto da investigação”, declarou.
A nota acrescenta ainda que os atos de Lima no Master e sua saída foram autorizados pelo Banco Central, “o que demonstra sua competência legal e capacidade financeira de atuar na instituição”.