Família e amigos transformam cinzas de Preta Gil em diamantes; entenda processo

Família e amigos transformam cinzas de Preta Gil em diamantes; entenda processo

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações do Fantástico

TV Globo/Alex Santana

Publicado em 24/11/2025 às 08:11 / Leia em 3 minutos

Amigos e familiares de Preta Gil transformaram parte das cinzas da cantora em diamantes, um desejo que ela havia manifestado antes de morrer, em julho, após complicações de um câncer no intestino. A história foi revelada em reportagem exibida pelo Fantástico, neste domingo (23).

Preta demonstrava interesse pela ideia desde que soube da possibilidade de produzir pedras preciosas em laboratório. Ao descobrir que poderia se tornar um diamante, considerou a proposta “magnífica”.

Parte das cinzas foi enviada a um laboratório em São Paulo, responsável por criar diamantes destinados a seus amigos. O processo utiliza o carbono presente nas cinzas, trabalhado com nanotecnologia até se transformar em pedra preciosa.

Um diamante é composto apenas por carbono. No laboratório, o elemento é extraído, convertido em grafite e, em seguida, enviado à Índia, onde a etapa final de produção é concluída. Ao todo, foram criados 12 diamantes para o grupo de amigos.

Outra fração das cinzas foi encaminhada a um laboratório em Curitiba, que produziu um diamante exclusivo para a família Gil. Neste caso, o processo foi inteiro realizado no Brasil, do início ao fim.

A tecnologia empregada replica, de forma acelerada, o que acontece na natureza. O resultado é um diamante “genuíno”, com as mesmas propriedades físicas e químicas de uma pedra natural. Para isolar o carbono da amostra, são realizadas várias etapas de queima, removendo enxofre, potássio e outros compostos orgânicos, até restar apenas o carbono puro.

O químico Dennys Alves explicou que o carbono em pó é submetido a alta pressão e temperatura para se transformar em grafite, que depois é comprimido em uma pastilha. Essa pastilha é colocada em uma cápsula com componentes que aplicam pressão e condução elétrica. A temperatura pode chegar a 2.000 ou até 3.000 graus. Em seguida, o material vai para uma prensa que simula as condições extremas da crosta terrestre, comparadas a “todo o peso do Monte Everest na cabeça de uma agulha”.

Sob essas condições extremas, os átomos de carbono se reorganizam. O que levaria milhões de anos na natureza acontece em cerca de 60 horas, resultando no diamante bruto, que depois é lapidado e polido. Os custos variam conforme o tamanho da pedra, com valores a partir de R$ 3.800 nesta empresa.

O diamante de 0,3 quilate destinado à família Gil já está pronto para entrega. Os diamantes feitos para os amigos também estão sendo enviados.

Anos antes, Preta, Duh Marinho, Gominho e duas amigas tatuaram um diamante no dedo como símbolo de amizade, gesto que agora ganha um novo significado. Cada uma das pedras recebe certificação a laser, visível com uma lupa de 40 vezes, incluindo o nome da pessoa homenageada. Segundo o laboratório, quando a luz atravessa o diamante, ela se multiplica, simbolizando que a luz da pessoa “continua se multiplicando infinitamente”.

“É igual diamante. Não quebra. A Preta é isso… Ninguém destrói, ninguém quebra. E ela era essa pessoa”, concluiu Gominho.

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