O antropólogo e historiador brasileiro Luiz Mott, de 79 anos, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Izabel, em Salvador, após sentir dores no peito esquerdo e queimação no estômago na quinta-feira (20). A suspeita inicial era de um infarto, o que levou ao atendimento imediato.
Mott permanece internado nesta sexta-feira (21), mas, segundo a equipe médica, apresenta bom estado geral. Os primeiros exames descartaram infarto e a previsão é de que ele passe por um cateterismo para investigar possíveis problemas cardíacos, como obstruções nas artérias coronárias.
Em conversa com o jornal Correio, o historiador relatou como foi acolhido na unidade de saúde. “Fui muito bem recebido, desde a portaria até os exames. Felizmente, os exames de sangue pra saber se era infarto deram negativos”, disse.
Ele acrescentou que o procedimento foi solicitado pelo cardiologista responsável pela UTI. “O médico cardiologista responsável pela UTI já solicitou fazer cateterismo para conferir se tem algum coágulo. Já fiz dois cateterismos e tomo remédios porque não havia quadro clínico para fazer válvula”, afirmou.
Luiz Mott é um dos mais influentes antropólogos do país. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Etnologia pela Universidade de Paris – Sorbonne e doutor em Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ele é professor titular aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisador sênior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Comendador da Ordem de Rio Branco e do Mérito Cultural, Mott também é fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), decano do movimento LGBT+ brasileiro e responsável pelo Observatório de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil desde 1980.