Cerca de 119 mil turistas devem aproveitar o feriadão do Dia Nacional da Consciência Negra em Salvador, entre esta quinta-feira (20) e domingo (23). Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a rede hoteleira já registra 73% de ocupação no período.
Ao todo, 113.648 visitantes são brasileiros e 5.592 são estrangeiros. A estimativa é que os turistas gerem R$ 202,7 milhões em receita durante o feriado prolongado.
Salvador Capital Afro
Para a gestão, os números refletem a estratégia de fortalecer a agenda cultural de novembro por meio do programa Novembro Salvador Capital Afro, que reúne dezenas de atrações voltadas à celebração da identidade negra.
A iniciativa conta com mais de 50 ações culturais que, além de marcar a data, movimentam o turismo e geram emprego e renda. Um dos destaques será nesta quinta-feira (20), com o show de Léo Santana, às 15h, na Praça Maria Felipa, no Comércio.
O prefeito Bruno Reis comemorou os resultados e destacou o impacto na economia da cidade. “Transformamos o mês de novembro em alta estação. Antes, era apenas dezembro, janeiro e fevereiro. Agora, com o Salvador Capital Afro, estamos batendo recordes históricos de visitantes, fortalecendo a pauta da Consciência Negra e movimentando a economia com emprego, renda e oportunidades”, afirmou.
Ao longo de novembro, o programa Salvador Capital Afro promove shows, desfiles, oficinas, capacitações, festivais e encontros artísticos voltados ao afroturismo, à economia criativa e ao empreendedorismo negro. A vice-prefeita e secretária da Secult, Ana Paula Matos, ressaltou a importância da celebração no dia 20.
“Este é um mês em que reafirmamos nossas raízes. Salvador é a capital mais negra fora da África. Ter Léo Santana como atração principal no dia 20 simboliza a potência e a energia do nosso povo. É um momento de celebração e valorização da nossa história”, disse.
A secretária municipal de Reparação, Isaura Genoveva, destacou que o Dia da Consciência Negra também deve incentivar reflexões sobre o combate ao racismo e o reconhecimento das contribuições da população negra.
“Pensar o enfrentamento ao racismo é pensar inclusão, acolhimento, educação, cultura e trabalho. O Novembro Salvador Capital Afro evidencia as potências negras da cidade e mostra quanto seguimos contribuindo para o desenvolvimento de Salvador”, afirmou.
Isaura lembrou ainda que a capital baiana foi pioneira ao criar uma Secretaria de Reparação e um programa voltado ao enfrentamento contínuo do racismo. “Esse movimento evidencia a força da ancestralidade, da cultura e do intelecto do povo negro, que mantém Salvador viva e na vanguarda”, completou.
A assessora-chefe do Gabinete Salvador Capital Afro, Ivete Sacramento, destacou que o objetivo do programa é fortalecer a identidade afro-soteropolitana.
“A programação movimenta todo o mês com ações que fortalecem identidade, pertencimento e memória nas comunidades e territórios da cidade. Culminamos esse ciclo no dia 20, na Praça Maria Felipa, um espaço simbólico de resistência, com um grande show aberto ao público. É mais que uma festa — é a reafirmação do compromisso de Salvador com suas raízes e com o futuro do seu povo”, afirmou.
