Fictor anuncia compra do Banco Master após aporte de R$ 3 bilhões

Fictor anuncia compra do Banco Master após aporte de R$ 3 bilhões

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Divulgação

Publicado em 18/11/2025 às 08:31 / Leia em 3 minutos

A Fictor Holding Financeira anunciou, nesta segunda-feira (17), a aquisição do Banco Master, em uma operação que envolve um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o capital da instituição, que atravessa dificuldades financeiras.

O acordo inclui investidores dos Emirados Árabes Unidos e ainda depende de aprovação do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com a conclusão das etapas regulatórias, o consórcio liderado pela Fictor ficará com todas as ações do atual controlador, Daniel Vorcaro, e escolherá um novo presidente para conduzir o banco.

O pedido submetido ao BC também prevê alterações na diretoria estatutária, formação de um novo conselho e mudança do nome da instituição para Banco Fictor.

Em comunicado, o Master esclareceu que o processo não envolve o Willbank e o Banco Master de Investimentos, que seguem em negociação com outros grupos.

Vorcaro afirmou que a combinação dos produtos atuais do Master com a estrutura de distribuição da Fictor deve impulsionar o novo banco. Segundo ele, o setor carece de mais concorrência e clientes tendem a ser beneficiados.

Rafael Góis, sócio da Fictor, disse que a transação marca a entrada definitiva do grupo no sistema financeiro brasileiro. Ele destacou o foco em governança e na oferta de produtos orientados às demandas do mercado nacional, reforçando que a empresa continuará priorizando investimentos na economia real.

Tentativa anterior do BRB foi barrada

A movimentação da Fictor ocorre poucos meses após o fracasso da tentativa de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). O acordo, anunciado em março, foi rejeitado cinco meses depois pela diretoria colegiada do BC, que apontou ausência de documentos essenciais para comprovar a viabilidade econômico-financeira da operação.

A aprovação do BC era o último ponto pendente, já que o Cade havia autorizado a transação em junho, e a Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei permitindo a compra, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha.

O plano previa que o BRB, de controle majoritário do governo do Distrito Federal, adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master. Após a negativa, o banco informou que pediria acesso integral à decisão do BC para avaliar os fundamentos e possíveis alternativas.

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