Goleada por 4 a 1 diante da Noruega, neste domingo (16), no San Siro, deixou a Itália em segundo no Grupo I das Eliminatórias e a empurrou outra vez para a repescagem, com risco real de nova ausência em Copa do Mundo.
O time de Gennaro Gattuso até saiu na frente com Esposito, mas levou a virada na etapa final: Nusa empatou, Haaland marcou duas vezes em apenas dois minutos e Larsen fechou o placar, assegurando campanha perfeita dos noruegueses e a vaga direta no Mundial, enquanto os italianos ficaram estacionados nos 18 pontos e sem a liderança do grupo.
Antes da bola rolar, a seleção já sabia que precisava de um milagre: vencer por nove gols de diferença para ultrapassar a Noruega no saldo e ir direto à Copa. O próprio Gattuso admitiu a dificuldade ao dizer que “um 9 a 0 é impensável”, mas que o time jogaria “pelo orgulho da nossa seleção”, em um San Siro lotado e pressionado pelo histórico recente nas Eliminatórias.
A goleada sofrida em casa e o fato de voltar a correr risco de ficar fora da Copa reacendem traumas recentes. A Itália já ficou de fora de 2018, eliminada pela Suécia na repescagem, e de 2022, quando caiu diante da Macedônia do Norte. Agora, a Azzurra encara a possibilidade de um terceiro Mundial seguido sem participação, algo tratado por torcedores e imprensa como um cenário “apocalíptico” para o futebol do país.
O próximo capítulo virá em março de 2026, na repescagem europeia, que reúne seleções vindas das Eliminatórias e da Liga das Nações em minitorneios de jogo único, com semifinais e finais valendo apenas quatro vagas. A Itália estará nesse labirinto novamente, cercada por adversários fortes e pela própria memória de fracassos recentes, tentando provar que ainda é capaz de transformar pressão e desconfiança em reação e, enfim, garantir seu lugar na Copa 2026.