Vitor Roque escapa de suspensão após acordo entre Palmeiras e STJD por post homofóbico

Vitor Roque escapa de suspensão após acordo entre Palmeiras e STJD por post homofóbico

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Redação Alô Alô Bahia

Cesar Greco/Palmeiras

Publicado em 16/11/2025 às 07:55 / Leia em 2 minutos

O Palmeiras fechou, neste sábado (15), um acordo de transação disciplinar com o STJD que substitui a possível suspensão do atacante Vitor Roque, por causa de uma postagem com teor homofóbico nas redes sociais, por multa e medidas educativas.

Pelo acerto, o clube pagará uma multa de cerca de R$ 80 mil, enquanto o jogador terá de publicar uma mensagem contra a homofobia e mantê-la fixada em seu perfil no Instagram, em vez de ser julgado pelo tribunal desportivo. A negociação evita que ele cumpra gancho em jogos oficiais e encerra o processo na esfera esportiva.

O caso começou após a vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, em outubro, quando o atacante postou a imagem de um tigre com um veado na boca, associação interpretada como ato discriminatório com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê penas de cinco a dez partidas de suspensão e multa financeira.

A transação disciplinar é um mecanismo previsto no CBJD que permite substituir um eventual julgamento por sanções alternativas, como campanhas educativas e pagamento de valores ao tribunal ou a iniciativas específicas. No acordo conduzido pelo departamento jurídico alviverde, o compromisso público contra a homofobia é tratado como parte dessa resposta pedagógica, sem afastar o atleta dos gramados.

Antes da definição, o jogador já havia tentado se explicar publicamente. Em entrevista recente, afirmou: “Na hora, postei sem maldade, mas estão levando para outro lado”, acrescentando que aceitava conversar e pedir desculpas a quem se sentiu ofendido. Mesmo com o acordo, movimentos e torcedores criticaram a decisão nas redes sociais, argumentando que a falta de suspensão pode enfraquecer o enfrentamento a manifestações discriminatórias no futebol.

Com o caso resolvido na Justiça Desportiva, o camisa 9 segue à disposição do clube para a reta final do Brasileirão, enquanto o Palmeiras tenta usar o episódio como alerta interno sobre responsabilidade nas redes sociais e reforço de campanhas institucionais contra a homofobia nos estádios e fora deles.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia