Cirurgia de feminilização vocal de Maya Massafera exige silêncio mínimo de 15 dias, explica otorrinolaringologista

Cirurgia de feminilização vocal de Maya Massafera exige silêncio mínimo de 15 dias, explica otorrinolaringologista

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Redes sociais

Publicado em 30/05/2024 às 09:34 / Leia em 3 minutos

Na última terça-feira (28), a influenciadora Maya Massafera, de 43 anos, respondeu algumas questões dos seguidores sobre sua voz ficou após a cirurgia de feminilização vocal, feita em março. Desde a conclusão do processo de transição de gênero, Maya não apareceu falando nas redes sociais, o que gerou a curiosidade dos internautas.

Ela ainda detalhou uma complicação que sofreu em uma cirurgia que fez nas cordas vocais há dois meses e disse que pode precisar refazer o procedimento.

Segundo Maya, sua voz está “fraca e rouca” e, por esse motivo, ela tem evitado “falar muito”. Em relação à cirurgia, a influenciadora comentou ter tido um “problema nos olhos” por “erro médico”. Conforme o relato, ela chegou a ter de trocar o hospital em que realizava o tratamento.

Processo

O processo transsexualizador tem várias etapas e gera mudanças que impactam a saúde física e mental dos pacientes. Uma dessas mudanças para as mulheres trans é o procedimento chamado Glotoplastia, que consiste numa estratégia cirúrgica para feminização da voz, ou seja, deixá-la mais aguda.

A glotoplastia tem se tornado a primeira opção para mulheres trans na readequação vocal por ser minimamente invasiva, não deixar cicatriz externa e pelos resultados se mostrarem mais satisfatórios.

De acordo com a médica otorrinolaringologista, Érica Campos, do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Empresa de Serviços Hospitalares (Hupes-UFBA/Ebserh), que realiza o procedimento no SUS, há um impacto na qualidade de vida bastante notável na vida das pacientes.

“Esse procedimento traz um sentimento de pertencimento às mulheres. Muitas vezes elas, sejam cis ou trans, passam por essa disforia vocal, que é um processo de intimidação de falar em público por não se sentir confortável com a voz”.

Técnica

Para segurança e comodidade dos pacientes, Érica recomenda exames básicos e fonoterapia antes de cada procedimento para um resultado mais consistente. “Na mulher trans, a glotoplastia diminui a prega vocal com suturas, resultando na voz mais aguda. Não há cicatriz, já que a cirurgia é feita por dentro da boca. Contudo, é preciso permanecer de 7 a 10 dias em silêncio absoluto. Por isso, oriento ao menos 30 dias de afastamento em casos de grandes compromissos vocais, como professores e palestrantes, por exemplo”, explica, lembrando que, no mesmo dia dá, inclusive, para retirar o pomo de Adão. “É uma questão estética, pois a retirada não interfere na voz”, finalizou

Maya Massafera ainda está no período de silêncio para a recuperação.  ela conta que talvez precise refazer a cirurgia, já que ainda não sabe se gostou do resultado do procedimento.

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“Quando eu fiz a cirurgia, por erro médico, deu problema nos meus olhos. O médico e o hospital fizeram negligência médica e eu tive que trocar de hospital”, revelou.

Por último, Maya falou que ainda vai decidir se refará ou não a cirurgia de feminilização da voz, a depender do resultado.

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