Aviação no Brasil: malha aérea regional registra retração, mas número de passageiros cresce

Aviação no Brasil: malha aérea regional registra retração, mas número de passageiros cresce

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do PANROTAS

Aena Brasil

Publicado em 05/11/2025 às 10:24 / Leia em 2 minutos

A aviação regional brasileira passa por um momento de readequação após um ciclo de expansão recente. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o país reduziu o número de aeroportos atendidos por voos regulares em 2025, mesmo com o aumento no volume de passageiros transportados.

Entre agosto de 2019 e agosto de 2023, a malha aérea regional viveu um avanço significativo. O total de aeroportos com voos regulares passou de 120 para 152, aumento de 27%. Nesse intervalo, 40 novos aeroportos foram incorporados às operações, enquanto o número de passageiros transportados subiu de 15,7 milhões para 16,5 milhões, acompanhando a recuperação do setor no pós-pandemia.

Porém, de 2023 para 2025, o movimento se inverteu. O Brasil conta atualmente com 135 aeroportos com voos regulares, uma redução de 17 em relação ao número registrado dois anos antes. No período, 29 aeroportos deixaram de receber voos, enquanto apenas 12 novos entraram na malha. Apesar disso, o volume de passageiros continuou em alta, atingindo 17,5 milhões, resultado associado à maior taxa de ocupação das aeronaves e à priorização de rotas com maior rentabilidade.

A retração da oferta está relacionada a fatores como o aumento do endividamento das companhias aéreas, custos operacionais elevados, processos de recuperação judicial, incluindo pedidos de Chapter 11 de empresas brasileiras nos Estados Unidos, e dificuldades na manutenção e disponibilidade de aeronaves, que impactam a regularidade das operações.

Mesmo diante desse cenário, a Anac destaca que o país mantém um saldo positivo em relação ao período pré-pandemia, tanto no número de aeroportos atendidos quanto no fluxo de passageiros, o que indica resiliência e potencial de retomada do setor.

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