A paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura mais de um mês, está gerando impactos crescentes no setor aéreo do país. Milhares de controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança dos aeroportos (TSA) seguem trabalhando sem remuneração, o que tem reduzido a capacidade operacional dos aeroportos e intensificado o risco de atrasos e cancelamentos.
Nesta terça-feira (4), o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que partes do espaço aéreo americano poderão ser temporariamente fechadas caso o impasse continue. Segundo ele, a escassez de profissionais na Administração Federal de Aviação (FAA) já provoca uma situação crítica.
Duffy alertou que o cenário pode piorar se os controladores de tráfego aéreo ficarem sem receber o segundo salário consecutivo. A consequência direta, segundo o secretário, seria “atrasos e cancelamentos em massa de voos” em todo o país, além do risco de “caos generalizado” no sistema.
O efeito cascata ameaça principalmente as viagens previstas para o período de festas, como o feriado de Ação de Graças (Thanksgiving), um dos mais movimentados do calendário americano. No último fim de semana, quase metade dos 30 aeroportos com maior volume de passageiros enfrentou falta de profissionais suficientes para operar plenamente.
A continuidade do shutdown, portanto, pode comprometer a segurança, a regularidade e a própria manutenção da malha aérea dos Estados Unidos, criando um cenário de incerteza para companhias aéreas e viajantes.