Salvador recebeu, nesta segunda-feira (3), o “Relógio do Clima”, uma instalação simbólica que marca o tempo estimado para que o planeta alcance a meta de emissão zero de gases de efeito estufa.
O cronômetro, apresentado durante a abertura da conferência Global Artivism 2025, indica três anos, 260 dias e pouco menos de 20 horas até o chamado “ponto de não retorno”, quando os danos ambientais se tornariam irreversíveis.
O evento, que antecede a COP 30, acontece em diversos espaços da capital baiana, incluindo o Hotel da Bahia by Wish, o Teatro Gregório de Mattos e o Espaço Cultural da Barroquinha.
Na abertura, estiveram presentes nomes como a deputada federal Erika Hilton e o ativista sul-africano Kumi Naidoo, embaixador do movimento.
O idealizador do relógio, Raul de Lima, explicou que a proposta é provocar reflexão sem gerar pânico. Segundo ele, o projeto, baseado em dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), tem o objetivo de reforçar que ainda há tempo para agir.
“O relógio é uma janela de esperança. É o tempo que temos para agir e envolver mais pessoas nessa transformação”, afirmou Raul, em entrevista ao g1.
A instalação, que já tem versões fixas em países como Itália e Coreia do Sul, além de uma no gabinete da ministra Sonia Guajajara, busca mobilizar o público em torno da urgência climática.
Idealizado pelo rapper sul-africano Ricky Rick, o Global Artivism nasceu após a morte de seu filho e busca criar um espaço seguro para a arte e o ativismo. A edição baiana surgiu a partir de uma conversa com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, que sugeriu a realização do encontro na Bahia.