segundo o urologista Gilberto Laurino Almeida, supervisor de Robótica do Departamento de Terapia Minimamente Invasiva da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
De acordo com o especialista, o índice depende do estágio da doença e do momento em que o tratamento é iniciado.
“No início da doença, a chance de cura é alta. Se for tratado com a doença em estágio mais avançado, a chance é menor”, explicou Almeida.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 71.730 novos casos de câncer de próstata sejam diagnosticados no Brasil em 2025. Em 2023, 17.093 homens morreram em decorrência da doença — o que representa 47 mortes por dia.
Campanha Novembro Azul 2025
A SBU se prepara para lançar a Campanha Novembro Azul 2025, com foco em reforçar a importância dos cuidados com a saúde masculina.
“Não é só a próstata. É a saúde do homem que está em jogo. Para viver mais, o homem precisa se cuidar mais”, destacou o médico.
Como parte das ações, a instituição vai promover um mutirão de atendimentos em Florianópolis (SC), no próximo dia 12 de novembro, durante o 40º Congresso Brasileiro de Urologia, que ocorrerá entre os dias 15 e 18. Os atendimentos incluirão avaliações preventivas e encaminhamento para biópsia e tratamento, quando necessário.
Cirurgia robótica no SUS
Almeida também comentou a decisão do Ministério da Saúde de incorporar a prostatectomia radical assistida por robô no tratamento de pacientes com câncer de próstata clinicamente avançado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Embora tenha elogiado a iniciativa, o especialista alertou sobre os desafios de implementação.
“A tecnologia é excelente e deve entrar no SUS, mas o momento foi um pouco atropelado. Hoje não há robôs suficientes, nem equipes treinadas em todos os hospitais públicos”, afirmou.
A cirurgia robótica, explicou o urologista, permite maior precisão e visão tridimensional durante o procedimento, sendo atualmente uma das técnicas mais avançadas no tratamento do câncer de próstata.
Segundo Almeida, o câncer de próstata é altamente curável, desde que diagnosticado precocemente.
“O homem precisa consultar o urologista pelo menos uma vez por ano. Ao fazer isso, ele previne um diagnóstico tardio e aumenta muito as chances de cura.”
