A Bahia alcançou a liderança nacional em investimentos públicos entre os estados brasileiros em 2025, totalizando R$ 4,12 bilhões aplicados nas áreas social e de infraestrutura entre janeiro e agosto, em valores liquídos. Em segundo lugar aparece São Paulo, com R$ 3,66 bilhões, seguido por Pará (R$ 3,57 bilhões), Minas Gerais (R$ 3,06 bilhões) e Goiás (R$ 2,88 bilhões).
Os dados são do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), da Secretaria do Tesouro Nacional, que consolida informações oficiais repassadas pelos estados a cada quatro meses.
Essa é a primeira vez em mais de dez anos que a Bahia ultrapassa São Paulo, o estado mais rico do país, no volume de investimentos. Mesmo com um orçamento cerca de cinco vezes menor que o paulista, o governo baiano vinha mantendo a vice-liderança em valores absolutos investidos.
Desde 2023, a Bahia já acumula R$ 20,2 bilhões em investimentos, segundo levantamento da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA).
Apesar do ritmo acelerado de investimentos e da contratação de novas operações de crédito, o governo da Bahia mantém as contas públicas equilibradas e a dívida em baixo patamar. A relação entre a dívida corrente líquida e a receita corrente líquida caiu de 37% em janeiro para 33% em agosto de 2025, uma redução de quatro pontos percentuais.
O avanço é ainda mais expressivo quando se observa o histórico das últimas décadas: em 2002, essa relação chegou a 182%, o maior índice já registrado e mais de cinco vezes superior ao atual. O atual nível de endividamento coloca a Bahia em uma posição fiscal segura, bem abaixo do limite de 200% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para os estados.
De acordo com o levantamento da Sefaz-BA, a Bahia apresenta uma dívida proporcionalmente menor que a dos estados mais ricos do país. Dados do Siconfi mostram que, no segundo quadrimestre, a dívida do Rio de Janeiro equivalia a 202% da receita, a do Rio Grande do Sul a 176%, a de Minas Gerais a 150% e a de São Paulo a 121%.
