O Complexo do Maracanã foi incluído pela CCJ da Alerj na lista de imóveis que o governo do Rio de Janeiro pode vender para reduzir parte da dívida com a União. O movimento integra a estratégia de adesão ao Propag, programa federal que permite usar bens públicos para abater débitos. A decisão foi tomada na reunião desta quarta-feira (22).
Com o substitutivo aprovado, a relação de bens passou de 48 para 62 endereços, entre eles o estádio e a Aldeia Maracanã. A proposta ainda precisa ir ao plenário e pode sofrer novas emendas antes da votação final.
O objetivo imediato é gerar caixa e aliviar o serviço da dívida estadual previsto na LOA de 2026, estimado em cerca de R$ 12,3 bilhões apenas em juros e amortizações. O governo fluminense mira o Propag para reduzir encargos usando alienação de ativos.
Segundo o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União), o Maracanã onera os cofres públicos: “O governo paga fortunas de manutenção do Complexo do Maracanã, em torno de R$ 1 milhão por partida”. Ele defendeu vender o equipamento ou alongar a concessão para diminuir custos.
Hoje, a gestão do estádio está concedida por 20 anos ao consórcio Flamengo-Fluminense, com outorga anual de R$ 20 milhões e investimento previsto de R$ 186 milhões. A eventual venda dependerá do desfecho legislativo e de como seriam tratados os direitos e obrigações dessa concessão vigente.