Preço de imóveis sobe mais de 50% em cinco anos, aponta estudo

Preço de imóveis sobe mais de 50% em cinco anos, aponta estudo

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 28/05/2024 às 09:10 / Leia em 2 minutos

Os apartamentos no Brasil estão mais caros nos últimos cinco anos. É o que aponta o levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). De acordo com o estudo, o índice de preços ficou em 171,9 pontos no primeiro trimestre deste ano – uma alta de 54,4% em relação aos primeiros três meses de 2019, quando era 111,35 pontos.

O dado, que leva em consideração apartamentos de 220 cidades, também aponta um avanço de 12% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando estava em 153,46 pontos.

De acordo com o representantes da CBIC, do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) e da Brain Inteligência Estratégica, o aumento reflete dois fatores: o aumento no custo da construção e a queda nos estoques de apartamentos disponíveis.

“No passado recente, há cerca de dois anos, nós tivemos altas muito expressivas [nos preços] de aço, de cimento, de alumínio e de cobre em função da pandemia. E isso proporcionou uma pressão para que o preço [dos imóveis] aumentasse”, explicou o presidente da CBIC, Renato Correia, em entrevista ao G1.

“Isso independe da capacidade de pagamento dos clientes. O custo [de construção] subiu e é preciso deixar as companhias com uma margem operacional, então o preço sobe”, acrescentou.

Agora, a queda no estoque é que está interferindo nesse encarecimento. Segundo o levantamento, o lançamento de apartamentos residenciais totalizou 56.355 unidades no primeiro trimestre deste ano, uma redução de 9,6% em comparação ao mesmo período de 2023. A oferta final registrou uma queda de 12,2%, comparando os primeiros trimestres deste ano e do ano passado.

“Nós estamos no menor patamar de oferta final”, disse o presidente da Brain inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, durante coletiva de imprensa. “Isso significa que se ninguém lançasse mais nada hoje, em 9,9 meses acabaria a oferta [os estoques]. Esse é o nosso recorde no sentido de menor tempo de escoamento da oferta [de apartamentos]”, completou.

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