Renato Paiva, ex-técnico do Botafogo, afirmou que John Textor tentou interferir em escalação e modelo de jogo e que sua saída ocorreu porque ele não aceitou ingerências do dono da SAF. O treinador disse ainda que o executivo “não teve coragem” de comunicá-lo pessoalmente da demissão, oficializada após a eliminação para o Palmeiras no Mundial de Clubes.
Em entrevistas, Paiva relatou que Textor queria opinar sobre escolha de jogadores e sistemas táticos; ao resistir, veio o desligamento.
“Fui demitido do Botafogo porque não permiti que esse senhor interferisse no meu trabalho. (…) Eu não sou um fantoche”, disse o português.
O técnico também acusou o dirigente de evitar uma conversa direta sobre demissão. Segundo Paiva, no sábado, após o jogo, recebeu um abraço e incentivo para seguir; no dia seguinte, a ordem de demissão veio por terceiros. “Não teve coragem de me dispensar cara a cara”, afirmou, reforçando a versão de intervenção externa.
Textor ainda não respondeu publicamente aos novos relatos. Paiva havia sido demitido em 30 de junho, dois dias depois da queda por 1 a 0 na prorrogação para o Palmeiras, apesar da campanha com vitória histórica sobre o PSG na fase de grupos.