O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta quarta-feira (15), a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, de 67 anos, do Supremo Tribunal Federal (STF). A saída será oficializada neste sábado (18), conforme publicação em edição extra do Diário Oficial da União.
Barroso, que poderia permanecer na Corte até 2033, quando completaria 75 anos, idade-limite para magistrados, antecipou sua saída afirmando querer dedicar-se a uma vida mais tranquila, longe da rotina intensa do tribunal.
“Quero viver um pouco mais da vida que me resta, sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo. Com mais espiritualidade, literatura e poesia”, declarou na semana passada.
Com a vaga aberta, cresce a movimentação política em torno da sucessão. Três nomes surgem como principais cotados: Jorge Messias, atual advogado-geral da União e favorito pela proximidade com Lula; o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que conta com o apoio de Davi Alcolumbre e simpatia entre ministros do STF; e o baiano Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), reconhecido por seu perfil técnico e bom trânsito político.
Questionado pela imprensa sobre o perfil do novo indicado, Lula afirmou ainda não ter uma decisão. “Quero uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte. Não quero um amigo, quero alguém que cumpra a Constituição brasileira”, disse.
Essa será a terceira indicação de Lula ao STF neste mandato. O presidente já nomeou Cristiano Zanin e Flávio Dino, ambos de sua confiança pessoal, um fator que, segundo interlocutores do Planalto, pode novamente pesar na escolha.