Após um quarto de século fechado, o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, em Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS), será reaberto ao público até o final de novembro. Localizado no antigo Engenho Freguesia, no distrito de Caboto, o casarão, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1944, preserva uma rica herança do ciclo do açúcar, da escravidão e da cultura baiana.
Ao Alô Alô Bahia, o secretário estadual de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, afirmou que o museu será reaberto “entre o fim de outubro e o início de novembro”.
Segundo o secretário, a partir da reabertura, o museu terá um mês de programação especial, com atividades voltadas especialmente para estudantes e comunidades do Recôncavo Baiano.
Além disso, antes da abertura oficial, será realizada, por determinação do governador, uma agenda com prefeitos e secretários de Educação, Cultura e Turismo dos municípios da região, para apresentar o museu e suas novas instalações.
Com mais de 200 peças históricas (das quais 133 foram restauradas), quatro pavimentos e 55 cômodos, o museu passou por um processo completo de restauração e revitalização, que incluiu investimentos de até R$ 27 milhões.
A reabertura marca a ressignificação do espaço, que agora contará a história da escravidão a partir da visão dos escravizados, e não mais dos senhores de engenho. O museu terá exposições que valorizam a trajetória dos povos indígenas e negros que tiveram sua força de trabalho explorada durante o período da escravidão, e pretende envolver toda a sociedade, não apenas os moradores locais ou turistas que visitam a Baía de Todos os Santos.