Família de Preta Gil pede indenização de R$ 370 mil a padre por ataques religiosos feitos após morte da artista

Família de Preta Gil pede indenização de R$ 370 mil a padre por ataques religiosos feitos após morte da artista

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas, com informações do O GLOBO

Reprodução/Instagram

Publicado em 13/10/2025 às 11:47 / Leia em 2 minutos

Gilberto Gil e sua família moveram uma ação judicial por danos morais contra o padre Danilo César, da Paróquia São José, em Campina Grande (PB), após declarações consideradas racistas e de intolerância religiosa.

De acordo com o jornal O GLOBO, em matéria publicada na manhã desta segunda-feira (13), o processo, que tramita na Justiça do Rio de Janeiro, pede indenização de R$ 370 mil.

As falas do sacerdote foram feitas durante uma homilia transmitida ao vivo, dias após a morte de Preta Gil, em julho. Na ocasião, ele ironizou a fé da cantora e de seu pai ao se referir às religiões afro-brasileiras como “forças ocultas”.

“Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê o poder desses orixás, que não ressuscitou Preta Gil? Tá lá. Eles já enterraram. Pois é. E tem gente católica que pede a essas forças ocultas… Eu só queria que o diabo viesse e levasse”, disse o padre, segundo consta na ação.

O processo foi movido por Gilberto Gil, sua esposa Flora, os filhos Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, além de Francisco, filho de Preta Gil. A família argumenta que o discurso do religioso foi amplamente divulgado nas redes sociais, gerando uma onda de ataques e comentários de cunho racista e intolerante.

Antes de recorrer à Justiça, o grupo enviou uma notificação extrajudicial à Diocese de Campina Grande, exigindo retratação pública e medidas disciplinares contra o sacerdote.

O documento, obtido pelo Alô Alô Bahia à época, sustentava que o pronunciamento do padre configurava crime de intolerância religiosa previsto no Código Penal, com pena de dois a cinco anos, agravado pelo fato de ter sido cometido durante o exercício da função pastoral e com ampla repercussão.

Sem resposta da Diocese no prazo estipulado, a família decidiu ingressar com a ação judicial. A defesa de Gil e seus familiares alega que as declarações ultrapassam os limites da liberdade de expressão e corroboram o preconceito contra religiões de matriz africana.

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