O longa-metragem “Corações Naufragados” iniciou suas filmagens na última semana, em Sergipe, e promete lançar luz sobre um capítulo pouco lembrado da história do Brasil: os ataques do submarino alemão U-507 à costa sergipana, em 1942, que resultaram na morte de centenas de civis e levaram o país a entrar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados.
Dirigido por Caco Souza, o filme tem roteiro e produção executiva de Cacilda de Jesus e reúne um elenco de peso, com nomes como Olivia Torres, William Nascimento, Dalton Vigh, Daniel de Oliveira, Wagner Santisteban, Mina Nercessian e Leonardo Medeiros, além da participação de mais de 40 atores sergipanos.
A trama se passa entre o Rio de Janeiro e Aracaju e acompanha Lucinda Camargo (Olivia Torres), jovem jornalista que enfrenta o machismo da época ao assumir sua identidade após escrever sob pseudônimo masculino.
Ela se apaixona pelo capitão Francisco da Silva (William Nascimento), oficial da Marinha e líder antinazista clandestino, em meio à tensão política e aos impactos da guerra no litoral nordestino, que vitimou mais de 500 pessoas.
“Dirigir este projeto é uma responsabilidade e uma honra. Estamos contando uma parte fundamental e ainda pouco explorada da história recente do nosso país”, afirmou Caco Souza, em nota.
Para Cacilda de Jesus, a produção vai além da reconstituição histórica: “É um tributo à memória, ao afeto e à resistência de um povo que testemunhou de perto os horrores da guerra”.
Filmado em locações históricas de Aracaju, “Corações Naufragados” também busca fortalecer o estado como polo de produção audiovisual. O longa conta com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/BRDE) e pretende alcançar tanto o circuito de festivais nacionais e internacionais quanto as plataformas de streaming. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para meados de 2026.