Assassino de Marielle revela que seria pago com loteamento de US$ 20 milhões

Assassino de Marielle revela que seria pago com loteamento de US$ 20 milhões

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução

Publicado em 27/05/2024 às 08:55 / Leia em 2 minutos

O matador Ronnie Lessa, um dos assassinados da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, confessou que seria pago com um loteamento clandestino em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, avaliado em US$ 20 milhões, pelo assassinato.

Em um vídeo da sua delação, obtido pelo Fantástico, Lessa falou por duas horas sobre o plano para a realização do crime e a proposta feita pelos mandantes, que seria “negócio da vida” dele.

“Não é uma empreitada, para você chegar ali, matar uma pessoa, ganhar um dinheirinho… Não”, disse.

Segundo ele, Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, mandantes do crime, ofereceram a ele e ao comparsa Edimilson de Oliveira, um ex-PM conhecido como Macalé, um loteamento clandestino em que ele atuaria como o chefe da milícia no local.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, daria mais de 20 milhões de dólares. A gente não está falando de pouco dinheiro […] ninguém recebe uma proposta de receber dez milhões de dólares simplesmente para matar uma pessoa”, acrescentou.

Ele não revelou quando seria a ocupação, mas garantiu que os irmãos Brazão prometeram que ele seria um dos donos do empreendimento criminoso. “Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade”, afirmou.

O matador informou a polícia as supostas áreas onde seria criado o loteamento, através do uso de satélites, mas não foi possível encontrar evidências concretas da ocupação da área.

Lessa, que está detido no presídio federal de Campo Grande, também explicou que a vereadora Marielle era tida pelos mandantes como um entrave. A defesa de Chiquinho Brazão, que também está preso no presídio federal de Campo Grande, disse, em nota ao Fantástico, que a delação de Lessa “é uma desesperada criação mental na busca por benefícios, e que são muitas as contradições, fragilidades e inverdades”. Já os advogados de Domingos Brazão, que está no presídio federal de Porto Velho, afirmaram, também ao Fantástico, que não existem elementos que sustentem a versão de Lessa e que não há provas da narrativa apresentada.

 

 

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