Petrobras investe R$ 520 milhões na retomada da Fafen Bahia e reforça aposta no gás nacional

Petrobras investe R$ 520 milhões na retomada da Fafen Bahia e reforça aposta no gás nacional

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações d'O Globo

Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 09/10/2025 às 09:11 / Leia em 3 minutos

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou nesta quarta-feira (8) a retomada da produção de fertilizantes nas unidades da Bahia e de Sergipe, as Fafens, que estavam com as operações hibernadas desde 2023, após o fim do contrato de arrendamento com a Unigel.

Na Bahia, a planta receberá investimento de R$ 38 milhões para entrar em manutenção ainda neste ano e retomar a produção de ureia e Arla 32 no início de 2026. A previsão é atender 80% da demanda estadual, com capacidade diária de 1.300 toneladas. Em Sergipe, a unidade produzirá 1.800 toneladas por dia. A meta da Petrobras é alcançar 20% da demanda nacional de fertilizantes nitrogenados no próximo ano, somando também a produção da unidade Ansa, no Paraná.

“As unidades da Bahia e de Sergipe vão entrar em manutenção e, no começo do ano, iniciar a produção de ureia e Arla 32. E, com a Ansa, no Paraná, vamos produzir 20% de toda a demanda brasileira de fertilizantes nitrogenados. Estamos voltando, aproveitando as facilidades instaladas e retornando à operação dessas unidades em prol de uma sinergia com a Ansa, que vai usar o resíduo asfáltico, e as Fafens, com o uso do gás natural, que vem sendo cada vez mais produzido pela Petrobras e cujo consumo precisamos zelar”, afirmou Magda.

Ela acompanha nesta quinta-feira (9) a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Bahia.

Investimento de R$ 1 bilhão e contrato com Engeman

Para garantir a operação, as duas unidades contam com um contrato de R$ 1 bilhão por cinco anos com a Engeman, sendo R$ 520 milhões destinados à planta baiana. Segundo Magda, as Fafens vão consumir 2,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, dentro de um fornecimento total de 50 milhões ao mercado.

A executiva destacou que a retomada foi viabilizada também por uma redução no preço do gás natural. “Em 2021 ou 2022, o gás custava US$ 16 por milhão de BTU. Hoje, está entre US$ 6 e US$ 7, com o preço da Petrobras para o mercado livre. Houve um grande esforço para fornecer gás a preços acessíveis. Mas isso é um negócio. Tínhamos plataformas que não tinham capacidade de exportar gás para a costa, e agora estamos ampliando essa estrutura e aprimorando contratos. As Fafens não seriam viáveis se o preço do gás não estivesse competitivo”, afirmou.

Ela adiantou ainda a assinatura do primeiro contrato de venda de ureia para o agronegócio da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), reforçando a estratégia de fortalecer a cadeia produtiva nacional.

Estaleiro Enseada e investimentos em São Roque

 

Na Bahia, a Petrobras vai contratar o Estaleiro Enseada, em Maragogipe, para construir seis embarcações pertencentes à Compagnie Maritime Monégasque (CMM), dentro do plano de 44 unidades já anunciado. O contrato prevê quatro anos de construção e 12 de operação, no valor de R$ 2,5 bilhões.

Além disso, o canteiro de São Roque, também na Bahia, será usado para receber plataformas descomissionadas, com um investimento previsto de US$ 2,5 bilhões até 2029. “Temos um canteiro no estado da Bahia, em São Roque, que não estava sendo usado e pertence à Petrobras. Ele tem capacidade para receber duas plataformas de grande porte”, concluiu Magda.

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