“No dia em que começarem a falsificar Coca Cola, vou me preocupar”, diz Tarcísio sobre intoxicações por metanol em SP

“No dia em que começarem a falsificar Coca Cola, vou me preocupar”, diz Tarcísio sobre intoxicações por metanol em SP

Redação Alô Alô Bahia

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João Valério/GESP

Publicado em 07/10/2025 às 15:39 / Leia em 2 minutos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta segunda‑feira (6) sobre os casos de intoxicação por metanol no estado e afirmou, em tom de brincadeira, que só se preocuparia “no dia em que começarem a falsificar Coca‑Cola”. A declaração foi dada após reunião com representantes do setor de bebidas, que, segundo ele, se mostraram dispostos a colaborar nas investigações.

“Toda vez que alguém fabrica produto falsificado, as empresas sofrem muito com isso. Há uma crise de confiança. Precisamos restabelecer a confiança com ações integradas entre Estado e iniciativa privada”, disse o governador, acrescentando ainda que não pretende “se aventurar” na área técnica da produção de bebidas.

Segundo dados do Ministério da Saúde citados por Tarcísio, São Paulo concentra a maior parte dos registros no país relacionados às intoxicações: 15 casos confirmados e 164 sob análise, o que representa mais de 82% do total nacional. A morte de uma mulher de 30 anos em São Bernardo do Campo foi confirmada após a última atualização e eleva para três o total de óbitos no estado vinculados ao surto.

As investigações policiais trabalham com duas linhas principais:

  • a hipótese de que metanol foi usado na higienização de garrafas reaproveitadas (que não teriam seguido ao processo correto de reciclagem);
  • e a possibilidade de uso de metanol para adulterar ou aumentar o volume de bebidas falsificadas, ou mesmo de contaminação acidental de insumos destinados a produzir etanol.

Especialistas alertam sobre a alta periculosidade do metanol: o álcool, usado industrialmente em solventes e outros produtos, é altamente tóxico quando ingerido. No organismo, é metabolizado em substâncias que podem comprometer a medula, o cérebro e o nervo óptico, causando cegueira, coma, insuficiência pulmonar, renal e morte.

A Secretaria de Segurança e as autoridades de saúde estaduais seguem com ações de investigação, fiscalização e orientação à população. As empresas do setor, por sua vez, reiteraram disponibilidade para cooperar nas apurações e nas medidas que visem recuperar a confiança do consumidor.

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