Morre José de Paiva Netto, presidente da LBV e referência do ecumenismo no Brasil, aos 84 anos

Morre José de Paiva Netto, presidente da LBV e referência do ecumenismo no Brasil, aos 84 anos

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações do g1

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Publicado em 07/10/2025 às 09:17 / Leia em 3 minutos

O escritor, jornalista, radialista, compositor e educador brasileiro José de Paiva Netto morreu nesta terça-feira (7), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Legião da Boa Vontade (LBV), instituição da qual era presidente.

Nascido em 2 de março de 1941, no Rio, Paiva Netto estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo. As causas da morte não foram divulgadas.

De acordo com a LBV, as homenagens ao educador e líder espiritual serão realizadas nesta quarta-feira (8), em São Paulo, em cerimônia aberta ao público. O local ainda será confirmado pela entidade.

Trajetória e legado

Reconhecido por sua atuação na área social, educacional e espiritual, Paiva Netto dedicou quase sete décadas à divulgação de ideias ecumênicas e à defesa da fraternidade universal. À frente da Legião da Boa Vontade por décadas, liderou a expansão da instituição, que se consolidou como um dos maiores movimentos humanitários do planeta, com projetos de assistência social, educação e comunicação voltados a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Ele também desenvolveu a linha educacional conhecida como Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que propõe a integração entre razão e sentimento no processo de aprendizagem, unindo valores espirituais e formação cidadã.

Sob sua liderança, a LBV ganhou papel de destaque internacional, mantendo relação consultiva com a Organização das Nações Unidas (ONU) há mais de 30 anos. Em 2000, Paiva Netto criou o Fórum Mundial Espírito e Ciência, iniciativa que busca aproximar o saber científico das tradições espirituais.

Em 1989, fundou o Templo da Boa Vontade, em Brasília, monumento ecumênico que se tornou um dos principais pontos de peregrinação da capital federal e foi eleito uma das Sete Maravilhas da cidade.

Autor de dezenas de livros traduzidos para mais de 25 idiomas e também publicados em braile, Paiva Netto foi um dos principais divulgadores do “Evangelho-Apocalipse”. Suas obras ultrapassaram a marca de 10 milhões de exemplares vendidos. Ele colaborou ainda com veículos como Folha de S.Paulo, Jornal de Brasília, A Tarde e revista Manchete.

Ao longo da carreira, recebeu diversas condecorações, entre elas a Medalha do 1º Centenário da Academia Brasileira de Letras, a Ordem do Rio Branco, a Ordem do Mérito Aeronáutico (grau de Comendador) e a Medalha do Pacificador, concedida pelo Exército Brasileiro.

Segundo a LBV, Paiva Netto deixa a esposa, Lucimara Augusta, e os filhos Franklin (já falecido), Pedro, José Eduardo, Iraci, Tatiana, Alziro e Emmanuel Adolfo, além de netos e um bisneto.

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