Pesquisa da Unesp desenvolveu método para identificar metanol em bebidas

Pesquisa da Unesp desenvolveu método para identificar metanol em bebidas

Redação Alô Alô Bahia

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Surenã Dias

EBC

Publicado em 03/10/2025 às 12:25 / Leia em 2 minutos

Uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, no interior de São Paulo, desenvolveu, em 2022, uma nova técnica para identificar adulteração por metanol em bebidas alcoólicas.

Embora tenha sido concluído há pouco mais de três anos, o estudo voltou a repercutir após os recentes casos de intoxicação pela substância no Brasil. Apesar de ser mais fácil, barata e rápida que as técnicas atualmente em vigor, a assessoria da universidade informou que o método nunca chegou a ser comercializado, embora tenha sido patenteado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Segundo a assessoria da universidade, o motivo é a “falta de procura por parte da indústria ou de empresas interessadas em fabricar”. Para se ter uma ideia da diferença, o método tradicional pode custar até R$ 500 por amostra e exige a estrutura de laboratórios especializados. Já a técnica desenvolvida pela Unesp tem custo estimado de apenas R$ 15 e dispensa tanto laboratórios quanto profissionais especializados.

O tempo para a análise também é consideravelmente menor: cerca de 15 minutos para etanol e bebidas alcoólicas e 25 minutos para gasolina.

Mestranda do IQ e autora principal da invenção, Larissa Modesto detalha a utilidade da técnica, que pode ser executada em destilados, como cachaça, vodca e uísque, e também em amostras de gasolina e etanol.

“O melhor seria se fosse usado por dono de bar, dono de resort, dono de qualquer evento que vai comprar um carregamento grande de bebidas e que, às vezes, não foi ele que adulterou, mas ele é responsável pelo que ele tá vendendo. Ele responsável por garantir a segurança do que ele tá vendendo. Então, é do interesse total do dono do bar fazer esse teste no momento do recebimento da mercadoria dele, assim como o dono do resort, o dono da adega; é uma maneira de garantir a segurança do que ele está vendendo e a segurança dele mesmo”, explica a pesquisadora em entrevista ao Metrópoles.

 

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