Eduardo Tagliaferro nega prisão na Itália e acusa Alexandre de Moraes de perseguição

Eduardo Tagliaferro nega prisão na Itália e acusa Alexandre de Moraes de perseguição

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Redes sociais

Publicado em 02/10/2025 às 10:52 / Leia em 2 minutos

O ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, afirmou em vídeo nesta quarta-feira (1º) que já está em casa, na Itália, após ter sido conduzido à delegacia pela polícia local.

“Foi só um procedimento de informação. Não fui preso”, disse ele.

Tagliaferro foi notificado formalmente de uma medida cautelar que o impede de deixar a cidade onde reside. Ele é alvo de um pedido de extradição feito pelo governo brasileiro e é considerado foragido na Itália.

Em nota, a defesa afirmou que Tagliaferro foi surpreendido pela polícia em sua residência, entregou voluntariamente seus documentos e se comprometeu a permanecer na cidade. Os advogados classificaram o processo de extradição como “arbitrário e impertinente” e disseram que recorrerão na Justiça italiana e brasileira.

Acusações

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Tagliaferro pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele é acusado de vazar mensagens internas de servidores do STF e do TSE para a imprensa, quando trabalhava na Assessoria de Enfrentamento à Desinformação, criada durante a gestão de Moraes no TSE.

Tagliaferro, por sua vez, acusa Moraes de fraudar relatórios em investigações de 2022 contra empresários bolsonaristas. Em setembro, ele chegou a depor remotamente em comissão do Senado e reiterou as críticas ao ministro.

O que diz Moraes

O ministro Alexandre de Moraes nega todas as acusações. Em nota divulgada em setembro, o gabinete do magistrado afirmou que os relatórios produzidos nos inquéritos das “fake news” e das “milícias digitais” apenas descreviam postagens ilícitas já ligadas às investigações e que todos os procedimentos seguiram os ritos legais, com participação da PGR.

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