A Petrobras começou, pela primeira vez no Brasil, a produção dos nós de registros sísmicos submarinos OD OBN (on-demand ocean bottom nodes), equipamentos usados no monitoramento sísmico de campos marítimos, especialmente no pré-sal. Até então, a companhia dependia totalmente da importação desses dispositivos.
A fabricação ocorre no Parque Tecnológico de Camaçari, na Bahia, no SENAI-CIMATEC, em parceria com a Shell e a Sonardyne, com apoio da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Desde julho, a Sonardyne já emprega cerca de 60 trabalhadores brasileiros na nova planta de produção instalada no polo tecnológico baiano.
Segundo a Petrobras, a inovação deve ampliar a autonomia tecnológica do país e fortalecer a indústria nacional. “Inovações como esta mantêm a empresa na vanguarda tecnológica da indústria, com operações nos campos do pré-sal de baixo fator de emissão de carbono”, diz a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.
O projeto levou quase sete anos de pesquisa e desenvolvimento e contou com investimento de R$ 200 milhões pela Petrobras, cerca de metade do custo total. O protótipo brasileiro já foi testado no campo de Búzios, na Bacia de Santos, em águas ultraprofundas, com resultados considerados promissores.
A expectativa é que 660 nós sísmicos sejam produzidos até fevereiro de 2026.