A atriz Claudia Cardinale, um dos maiores símbolos do cinema italiano e francês, morreu nesta terça-feira (23), aos 87 anos, na França. A informação foi confirmada por seu agente à agência France Presse. A causa da morte não foi divulgada.
Nascida em Túnis, na Tunísia, filha de pais italianos, Claudia ganhou em 1957 o concurso “Menina italiana mais bonita da Tunísia”, que lhe rendeu uma viagem à Itália e abriu caminho para uma carreira meteórica.
Pouco depois, iniciou uma sequência de trabalhos no cinema e se consagrou em produções que marcaram a história da sétima arte, como “8 1/2” (1963), de Federico Fellini, e “Era uma vez no Oeste” (1968), de Sergio Leone.
Durante as décadas de 1960 e 1970, trabalhou com alguns dos mais renomados cineastas italianos, entre eles Luchino Visconti (“O Leopardo”, “Vagas Estrelas da Ursa”), Mauro Bolognini (“O Belo Antonio”, “Caminho Amargo”, “Desejo que Atormenta”), além de Fellini e Leone.
Seu impacto extrapolou as telas. Apenas nos anos 1960, estampou a capa de quase 700 revistas em todo o mundo.
Em 1966, sua imagem foi incluída no mosaico de fotos do álbum “Blonde on Blonde”, de Bob Dylan, tornando-se item de colecionador. Dois anos depois, a foto desapareceu na segunda edição do disco.
Em 1965, o escritor e roteirista Alberto Moravia publicou uma biografia da então jovem atriz, que ele definiu como “a descrição de um corpo no espaço”, obra que ganhou traduções em várias línguas.
Claudia Cardinale teve diversas passagens pelo Brasil. Em 1967, filmou “Uma Rosa para Todos”, de Franco Rossi, em favelas do Rio de Janeiro, baseado em peça de Glaucio Gill. No início dos anos 1980, voltou ao país para rodar “Fitzcarraldo”, do alemão Werner Herzog, em plena Amazônia.