Um dos atores brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, Wagner Moura não poupou críticas à política dos Estados Unidos contra imigrantes. Em entrevista à BBC News, o artista comparou o ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA) a uma organização fascista e destacou atitudes racistas da agência.
“É um horror, eu conheço muitos imigrantes ilegais. Eu moro em Los Angeles, é uma cidade onde vivem muitos latinos, muitos mexicanos, sobretudo, e as pessoas estão com medo”, diz ele, que completa: “Esse negócio do ICE é uma coisa fascista mesmo, né?”.
“Os caras de máscara. E racista. Porque eles atacam a pessoa na rua por uma identificação visual e racial. Se o cara não tiver o documento, o cara não volta para casa nunca mais”, diz Moura.
Rodando o mundo para divulgar o filme “O Agente Secreto”, selecionado nesta segunda-feira (15) para representar o Brasil no Oscar 2026, Wagner também comentou sobre o cenário político nos EUA. “O que está acontecendo nos Estados Unidos hoje é grave. É um país que deixou de ser mesmo uma democracia e começou a ser um país com tendências autoritárias evidentes”, avalia.
Ainda durante o mesmo bate-papo, o artista avaliou com orgulho o atual momento politico do Brasil. “Hoje estamos vendo as instituições funcionando e um crime contra a democracia sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Enquanto nos festivais norte-americanos pelos quais o filme passou, o que sentimos foi uma tristeza, uma quase uma inveja e a gente se sentia muito bem (…) O Brasil hoje tem sido um exemplo de democracia para o mundo, sobretudo para os Estados Unidos”, elogiou.
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