A Geração Z está reformulando o conceito de sucesso profissional. Segundo uma pesquisa da Harris Poll em parceria com o Glassdoor, quase 60% dos jovens dessa geração têm trabalhos paralelos ou bicos, número superior ao de qualquer outra faixa etária.
Ao contrário das gerações anteriores — que viam nas promoções e cargos de liderança o auge da carreira —, os jovens de até 27 anos estão priorizando autonomia, flexibilidade e múltiplas fontes de renda. A escada corporativa, para eles, perdeu o apelo.
O movimento tem até nome: “minimalismo de carreira” (career minimalism, em inglês). A lógica é simples: em vez de investir anos tentando subir dentro de uma única empresa, a Geração Z prefere equilibrar trabalho com bem-estar, buscando projetos que façam sentido em diferentes momentos da vida.
De acordo com o levantamento, 68% dos jovens não aceitariam cargos de chefia sem compensações significativas em salário ou status. Para muitos, liderar equipes não compensa o aumento de responsabilidade e estresse, principalmente diante da instabilidade corporativa que viram as gerações anteriores enfrentarem.
“Trocamos a escada corporativa rígida pela carreira em que podemos pular para a oportunidade que fizer mais sentido naquele momento”, explica Morgan Sanner, especialista em carreira do Glassdoor.
A pesquisa também revelou o perfil das gerações quando o assunto é trabalho extra:
- 57% da Geração Z têm alguma fonte de renda paralela
- Contra 48% dos millennials,
- 31% da Geração X
- e apenas 21% dos baby boomers
Mais do que complementar a renda, esses trabalhos permitem expressar criatividade, ganhar independência e evitar a frustração de apostar tudo em um único caminho profissional.