Japão bate recorde com quase 100 mil centenários — 88% são mulheres

Japão bate recorde com quase 100 mil centenários — 88% são mulheres

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 13/09/2025 às 15:54 / Leia em 2 minutos

O Japão acaba de bater um novo recorde de longevidade: o país alcançou a marca de 99.763 pessoas com 100 anos ou mais, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, às vésperas do Dia do Respeito aos Idosos, celebrado em 15 de setembro.

O número representa um aumento de 4.644 centenários em relação ao ano anterior e reflete uma tendência contínua de crescimento nas últimas cinco décadas. Quando o governo japonês começou a coletar esses dados, em 1963, havia apenas 153 centenários registrados.

Longevidade feminina domina os números

As mulheres representam 88% do total, com 87.784 centenárias, enquanto os homens somam 11.979. A pessoa mais velha do país é Shigeko Kagawa, de 114 anos, residente na cidade de Yamatokoriyama, província de Nara, próxima a Kyoto.

Ex-obstetra e clínica geral, Kagawa se manteve ativa até após os 80 anos, e atribui sua vitalidade ao hábito de caminhar durante visitas domiciliares. Ela ainda enxerga bem, lê jornais, assiste TV e pratica caligrafia.

O homem mais velho do país é Kiyotaka Mizuno, de 111 anos, morador da cidade de Iwata, em Shizuoka, região central do Japão.

Envelhecimento populacional preocupa autoridades

Com média de 80,58 centenários a cada 100 mil habitantes, o Japão também revela a crescente crise demográfica que afeta a quarta maior economia do mundo. A província de Shimane lidera o ranking de longevidade, com 168,69 centenários por 100 mil habitantes.

O envelhecimento populacional, aliado à queda da taxa de natalidade, pressiona o sistema de saúde e a previdência social. Em agosto, o governo japonês anunciou que a população do país deve encolher em mais de 900 mil pessoas até 2024, um recorde de queda.

O primeiro-ministro Shigeru Ishiba classificou a situação como uma “emergência silenciosa“, e propôs medidas como creches gratuitas e horários de trabalho mais flexíveis para incentivar o crescimento populacional. No entanto, os resultados práticos ainda são tímidos.

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