Trump diz que está ‘surpreso’ com condenação de Bolsonaro e promete reação dos EUA por meio de secretário

Trump diz que está ‘surpreso’ com condenação de Bolsonaro e promete reação dos EUA por meio de secretário

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Alan Santos/PR

Publicado em 11/09/2025 às 19:11 / Leia em 2 minutos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta quinta-feira (11), estar “surpreso” com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. A sentença, segundo o tribunal, será divulgada nesta sexta-feira (12).

Antes de embarcar para Nova York, onde acompanharia um jogo de beisebol, Trump comparou o julgamento de Bolsonaro aos processos judiciais que enfrenta em seu país. “Eu achei que ele foi um bom presidente do Brasil. E é muito surpreendente que isso possa acontecer. Isso é muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, afirmou. O republicano não comentou se o governo americano aplicará novas sanções ao Brasil.

Pelo X (antigo Twitter), o secretário de Estado Marco Rubio prometeu que “os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, acusando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, de perseguição política. Rubio chamou Moraes de “violador de direitos humanos” e classificou a decisão do STF como injusta.

A Primeira Turma do Supremo condenou Bolsonaro pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Também foram considerados culpados Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

O episódio eleva a tensão diplomática entre Brasil e EUA. Em julho, Trump já havia enviado carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e abertura de investigação comercial, sob a justificativa de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

Nesta semana, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, chegou a afirmar que os Estados Unidos estão dispostos a “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”.

Sem citar Washington, o Itamaraty divulgou nota rechaçando “o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força” contra a democracia brasileira.

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