A Bahia deve colher quase 13,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, segundo o 11º levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta semana. O volume representa um crescimento de 9,6% em relação à safra anterior e consolida o estado como líder regional, responsável por 44% de toda a produção de grãos do Nordeste.
A produção baiana se destaca pelo uso de tecnologia, irrigação, práticas sustentáveis e pelo apoio do Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri). Essas ações têm impulsionado a produtividade e a expansão da área plantada no estado.
A área total cultivada deve atingir 3,9 milhões de hectares, aumento de 3,2% em relação ao ciclo anterior. A produtividade média também avançou, passando de 3.288 kg/ha para 3.477 kg/ha, alta de 5,7%.
“Com os números alcançados neste ciclo, a Bahia reafirma sua força no cenário agrícola nacional e sua liderança no Nordeste. Eles refletem o trabalho incansável dos nossos produtores, o investimento em tecnologia e a eficiência das políticas públicas”, destacou o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo.
A soja segue como principal cultura da Bahia, com produção estimada em 8,71 milhões de toneladas, um salto de 16,5% em relação à safra passada. A oleaginosa ocupa 2,135 milhões de hectares, mais da metade da área total de grãos no estado. O algodão também registrou avanço expressivo, com crescimento de 13,6%, passando de 1,68 milhão para 1,91 milhão de toneladas. A área plantada com a fibra subiu 12,5%, alcançando 413 mil hectares. Já o milho teve alta de 14,2%, alcançando 2,53 milhões de toneladas.
Produtividade da soja na Bahia supera média nacional
A produtividade da soja baiana está entre as maiores do país. Segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a média é de 68 sacas por hectare, enquanto a média nacional estimada pela Conab é de 60 sacas/ha.
De acordo com o agrônomo e diretor de Agricultura da Seagri, Assis Pinheiro, as condições de solo e clima do Oeste baiano são fundamentais para esse desempenho. “A região reúne solos férteis e bem drenados, chuvas regulares no período produtivo e alta incidência solar, criando um ambiente ideal para o cultivo de grãos com alta produtividade”, destaca.