O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (25), em Brasília, o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, em visita de Estado. O encontro marcou a assinatura de novos acordos estratégicos e reforçou a intenção dos dois países de ampliar o intercâmbio econômico, político, cultural e tecnológico.
Foi uma honra receber o Presidente Tinubu no Palácio do Planalto. Esta é a terceira viagem do Presidente Tinubu ao Brasil em menos de um ano. Ele veio ao Rio de Janeiro para as Cúpulas do G20 e do BRICS.
Por anos, a Nigéria foi nosso maior parceiro comercial na África. Mas, na… pic.twitter.com/pkV8qi8hpQ
— Lula (@LulaOficial) August 25, 2025
Lula destacou que a visita simboliza uma retomada da cooperação entre Brasil e Nigéria, após anos de afastamento.
“Na última década, o intercâmbio entre Brasil e Nigéria diminuiu drasticamente. De 10 bilhões de dólares em 2014, passamos a 2 bilhões em 2024. Nos últimos governos, o Brasil se distanciou da África. Duas das maiores economias da América Latina e da África deveriam ter um intercâmbio muito maior”, disse o presidente brasileiro.
Nos últimos meses, os dois países firmaram parcerias em defesa, agricultura, pecuária, segurança, produção audiovisual, comércio, turismo e energia. Segundo Lula, a ampliação da cooperação acontece em um momento em que “ressurgem o protecionismo e o unilateralismo”, reforçando a importância de Brasil e Nigéria defenderem o livre comércio.
“São muitas as possibilidades de sinergias entre os dois maiores países de população negra do mundo”, acrescentou Lula.
Conectividade
Entre os anúncios, um dos destaques foi o acordo no setor de aviação, que permitirá a exploração de novos serviços aéreos. Lula confirmou o início de um voo direto entre Lagos e São Paulo, operado pela companhia Air Peace.
O presidente também reforçou o peso histórico e cultural da aproximação entre Brasil e Nigéria.
“O Brasil tem noção do significado da nossa história, da nossa cultura, da nossa cor com 350 anos de escravidão. A única forma de pagar essa dívida não pode ser em dinheiro, mas em solidariedade, alinhamento político, econômico e cultural. O Brasil tem que ajudar a África transferindo tecnologia e conhecimento”