Herança milionária: dono de uma das maiores empresas de cadeiras do mundo acusa filhos de fraude na sucessão

Herança milionária: dono de uma das maiores empresas de cadeiras do mundo acusa filhos de fraude na sucessão

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia

Reprodução / Fantástico

Publicado em 25/08/2025 às 12:54 / Leia em 2 minutos

A história do empresário Ernesto Iannoni, de 89 anos, fundador da Flexform — uma das maiores fabricantes de cadeiras de escritório do mundo — ganhou repercussão nacional neste domingo (24), após matéria exibida pelo Fantástico (TV Globo). O empresário, que construiu uma fortuna no Brasil após chegar da Itália sem recursos, vive hoje uma intensa batalha judicial contra os próprios filhos, Marco e Pascoal Iannoni, que ele acusa de fraude na sucessão da empresa.

A disputa começou em 2010, quando Ernesto se aposentou e passou o controle da Flexform aos filhos. Pelo acordo, ele teria direito a 25% do valor da empresa, avaliada na época em cerca de R$ 200 milhões — o que equivaleria a R$ 50 milhões. No entanto, segundo o empresário, ele recebeu apenas R$ 16 milhões, o que o levou a processar os herdeiros por suposta manipulação contábil.

Um laudo recente da Polícia Civil de São Paulo reforçou as suspeitas de fraude, apontando escrituração irregular de aproximadamente R$ 70 milhões, uso de empresas de fachada e omissão de patrimônio.

Em nota, os filhos negam irregularidades, dizem que o pai já moveu 22 processos com base nos mesmos fatos — dos quais 20 foram julgados improcedentes — e classificam o novo inquérito como mais uma tentativa de reabrir um caso encerrado.

O conflito, que já chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), também abalou a vida pessoal da família. Marco e Pascoal afirmam que Ernesto chegou a pedir exames de DNA quando eles já eram adultos e tentaram interditá-lo judicialmente em 2019 — sem sucesso, já que laudos comprovaram que ele segue lúcido.

Isolado em seu haras de luxo em Capão Bonito (SP), onde cria 70 cavalos puro-sangue lusitano, Ernesto desabafa: “O que mais machucou foi o processo de interdição. Isso acabou comigo”. Ele não vê os filhos nem os seis netos desde 2017. Sobre a origem do conflito, resume: “É a facilidade do dinheiro. É nunca ter trabalhado duro”.

 

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