Pessoas com deficiência puderam aproveitar momentos de lazer e bem-estar em Salvador neste domingo (24), através do projeto Viver a Cidade. Com apoio da Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer, a iniciativa realizada pela Associação Meu Sorriso disponibiliza uma série de equipamentos adaptados, como cadeiras e bicicletas.
A atividade é voltada para pessoas cegas ou com baixa visão, baixo equilíbrio, paralisia cerebral, deficiências intelectuais, deficiência física, membro amputado, nanismo, entre outros. Todos os equipamentos são disponibilizados gratuitamente, juntamente com o apoio técnico de colaboradores e voluntários.
“Esse projeto surgiu da minha necessidade de pertencer à cidade com minha filha, então fiz um primeiro equipamento, um triciclo, com um grupo de amigos, e agora consigo passear na orla com ela. São espaços que ela não pertenceria se não tivesse o equipamento e, hoje, nós pertencemos”, conta o presidente e idealizador do projeto, Fred Matos.
Matos avalia que o evento está numa crescente a cada domingo. “As pessoas estão descobrindo o Viver a Cidade. A primeira edição teve muito sol, na segunda choveu, mas tivemos um público interessante, e hoje o clima está gostoso. Com a mudança das estações, teremos mais pessoas aderindo e usando equipamentos como a hand bike, o triciclo, o triciclo assistido, e conseguiremos difundir isso mais”, afirmou.
Aos 16 anos, o jovem Guilherme da Silva Gomes, morador do Novo Marotinho, aproveitou bastante a bike adaptada. Com deficiência nas pernas, ele afirmou que foi uma oportunidade de mostrar que tem capacidade e que pode ter um lazer. “Eu acho isso ótimo, o lazer e esporte dão uma chance de mudar uma vida e a saúde. O esporte cura”, afirmou.
Calendário – O projeto Viver a Cidade tem datas previstas até maio do ano que vem, sempre aos domingos. A inscrição para acessar o equipamento é feita na hora e é possível fazer uso por até 45 minutos. O participante pode também migrar de equipamento, após esse período de utilização, caso haja disponibilidade de vaga e horário.
No local, ficam disponíveis, em média, 16 equipamentos, a exemplo de bicicletas tandem, que se aplicam ao ciclismo praticado por cegos e pessoas com baixa visão, além de pessoas com Síndrome de Down, paralisia cerebral leve e deficiências intelectuais moderadas, que, na maioria das vezes, apresentam baixo equilíbrio.
Também há cadeiras de corrida e handbikes para pessoas com deficiência física; framerunnings, para pessoas com paralisia cerebral; e triciclos assistidos. As framerunnings se aplicam a pessoas com deficiência de alto grau de perda de mobilidade, a exemplo de tetraplégicos. Além disso, o projeto dispõe de bicicletas comuns.