Morre Dona Cadu, a ceramista mais antiga em atividade no Brasil

Morre Dona Cadu, a ceramista mais antiga em atividade no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 21/05/2024 às 09:21 / Leia em 2 minutos

Ricardina Pereira da Silva, mais conhecida como Dona Cadu, a mais antiga ceramista em atividade no Brasil, morreu nesta terça-feira (21), aos 104 anos. A informação foi comunicada pela família da ceramista em uma nota. “Com imensa dor e pesar, comunicamos o falecimento da querida Dona Cadu, que partiu nesta madrugada, deixando um vazio imenso em nossos corações”, iniciou o comunicado.

Os familiares também lembraram das qualidades da artesã. “Dona Cadu era uma mulher amável, com coração gigante, bondosa, alegre e amável. Sua presença sempre alegrava o ambiente e ela deixará saudades eternas em todos que a conheceram”

Ainda segundo a nota, não há detalhes sobre o funeral e velório. “Assim que as informações forem definidas, comunicaremos a todos. Agradecemos as orações e o apoio neste momento difícil”, finalizou.

Também em nota, a Coordenação de Fomento ao Artesanato, órgão da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e a equipe do Artesanato da Bahia manifestaram “o mais profundo pesar” pelo falecimento de Dona Cadu. “Nossos sentimentos aos familiares”, acrescentaram no comunicado.

“Ao ser homenageada na Expo Casa do Artesanato da Bahia, em agosto do ano passado, a centenária mestra artesã afirmou que não pensava em parar de produzir suas famosas panelas de cerâmica. ‘Parar de trabalhar para que? Hoje mesmo, antes de vir para Salvador, fiz algumas peças’, disse orgulhosa. […] Permanece a memória do seu legado, como mestra artesã da cerâmica, como sambadeira, e toda a sua contribuição para a comunidade de Coqueiros e a cultura baiana”, completou a nota.

A ceramista morava em Maragogipe, no recôncavo baiano, e produzia peças como pratos, panelas e outros itens de barro, no Distrito de Coqueiros. Dona Cadu também era sambadora, rezadeira e líder comunitária baiana de origem afro-indígena, reconhecida como doutora honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em setembro de 2021.

Ela nasceu em 14 de abril de 1920, em São Félix, também no recôncavo baiano. A causa da morte ainda não foi revelada.

 

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