O Departamento de Comércio dos Estados Unidos reduziu de 50% para 25% a taxação sobre produtos manufaturados com aço e alumínio, medida que deve beneficiar mais de 6% das exportações brasileiras para o país.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que a decisão melhora a posição da indústria nacional no mercado internacional.
“Se eu vendo uma máquina que tem aço, essa parte do aço nós ficamos igual com o mundo inteiro. Fizemos a conta: são US$ 2,6 bilhões em exportações de aço e alumínio dentro de um total de US$ 40 bilhões. Ou seja, 6,4% das exportações deixam de ser taxadas em 50% e passam para a seção 232”, explicou.
Apoio no Congresso
Alckmin se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e pediu urgência na tramitação de dois projetos que dão suporte a exportadores afetados pelas tarifas. Outros 15 projetos de interesse do setor também aguardam votação.
Entre as medidas em discussão está a MP Brasileira Soberano, já assinada pelo presidente Lula, que prevê R$ 30 bilhões em créditos para exportadores. O texto precisa ser aprovado em até 120 dias para não perder a validade.
Enquanto o tarifaço americano preocupa parte da economia mundial, ele tem favorecido o Brasil no mercado de soja. Em julho, as vendas do grão para a China cresceram 14%, após os produtores norte-americanos perderem espaço. Com o aumento de 20% no preço da soja dos EUA para os chineses, as exportações deles caíram 11,5%.