Documentário inédito celebra a música baiana com encontros de gerações e ritmos; saiba detalhes

Documentário inédito celebra a música baiana com encontros de gerações e ritmos; saiba detalhes

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Divulgação/Curta!

Publicado em 21/08/2025 às 12:11 / Leia em 3 minutos

Celeiro de grandes estrelas da MPB como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso e João Gilberto, a Bahia conta com muitos outros talentos que formaram sua rica mistura de ritmos e sons. Alguns deles estão no documentário inédito “A Bahia Me Fez Assim”, de Sérgio Machado, que estreia com exclusividade no Curta!.

Com direção geral e roteiro de Sérgio Machado e direção musical de Alê Siqueira, o filme explora os ritmos baianos, apresenta encontros entre artistas de diferentes gerações e acompanha o processo de elaboração de releituras para composições clássicas da Bahia.

Ao longo de seis encontros, músicos de diferentes gêneros são convidados para fazer releituras de canções de baianos do passado. Para começar, “Isto É Bom”, primeira música gravada no Brasil, de Xisto Bahia, em 1902, ganha nova versão nas vozes de Àttooxxá e Larissa Luz. No segundo dia, a obra traz uma homenagem à malandragem com a canção “Camisa Listrada”, de 1937, de Assis Valente. Para dar uma nova interpretação a esse samba, que ficou eternizado pela voz de Carmem Miranda, se juntam Afrocidade, Rachel Reis e Iuri Passos.

A terceira canção é “Como Vovó Já Dizia”, de Raul Seixas e Paulo Coelho. Censurada pela Ditadura Militar em 1973, foi reinterpretada no carisma e no talento das Ganhadeiras de Itapuã e Yayá Muxima, transformando o rock nacional em um swing de roda.“Aqui a gente recebeu uma diversidade absurda de pessoas. Não é só ritmo, o ritmo está associado a um povo, então há diversos povos, diversas línguas. Estamos sempre fazendo rodas, círculos de tambores. Sempre fazendo com que esses elementos dialoguem: o ferro, o atabaque, o coro”, ressalta Iuri Passos.

O documentário apresenta também a nova versão de um dos grandes clássicos da música brasileira. Fundamental para a formação da Bossa Nova, o álbum “Chega de Saudade”, do juazeirense João Gilberto, tem as raras “Hô-Bá-Lá-Lá” e “Bimbom” celebradas pelo primeiro bloco afro do Brasil, Ile Ayê, Tiganá Santana e Ivan Sacerdote no quarto encontro. A quinta música homenageia Letieres Leite, falecido em 2021, com a Orkestra Rumpilezz e Rumpilezzinho tocando “Honra ao Rei”.

Encerrando os trabalhos, a música “Sorrir e Cantar como Bahia”,  dos Novos Baianos, é repaginada pela nova geração com Xênia França, vencedora do Grammy Latino, e Melly, artista revelação do Prêmio Multishow. “Eu escolho os caminhos que Xênia não escolhe e Xênia escolhe os que eu não escolho. Então a gente tem de chegar a comum acordo. E isso, assim é um processo de criação em conjunto, em aberto”, detalha Melly. 

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