Um parto incomum chamou atenção em Irecê, no norte da Bahia, na última terça-feira (12). Na ocasião, apenas uma das gêmeas nasceu empelicada, envolta pela bolsa amniótica intacta, enquanto a outra veio ao mundo de forma convencional.
As irmãs Olívia e Amelie nasceram em uma clínica particular após uma cesariana de cerca de 40 minutos. A segunda a nascer, Amelie, foi a responsável por surpreender a equipe médica e a família ao permanecer envolvida pela membrana fina e transparente que normalmente se rompe antes ou durante o trabalho de parto.
O procedimento contou com dois obstetras, dois pediatras, um anestesista, um instrumentador, uma enfermeira e duas técnicas de enfermagem.
Para a mãe, Keila Marques Dourado, que já tem um filho de três anos, a experiência foi única. “Não esperávamos viver esse momento. Foi emocionante, Deus é maravilhoso”, afirmou em entrevista ao g1.
Segundo o obstetra Autran Machado, que atua há 16 anos, foi a primeira vez que presenciou um parto empelicado em gêmeos. Ele destacou que a obstetrícia “é uma especialidade mágica” e que vivências como essa reforçam a importância do trabalho com a vida.
Olívia nasceu com 2,400 kg e 47 cm, e Amelie com 2,654 kg e 49 cm. As duas estão saudáveis e devem receber alta nesta quinta-feira (14).
Foto: Reprodução
O parto empelicado ocorre quando a bolsa amniótica não se rompe antes do nascimento. A película é cortada pelo médico após a retirada do bebê, sem oferecer riscos à mãe ou à criança. Em alguns casos, a bolsa intacta pode até oferecer proteção, como quando a gestante tem uma doença infecciosa ou para evitar traumas no parto.
Casos assim são raros, mas já ocorreram na Bahia. Em 2023, em Salvador, o pequeno Bernardo nasceu empelicado, enquanto o irmão gêmeo, Rafael, não.
