Aumento de taxa sobre apostas levanta alerta no setor, que prevê prejuízo de R$ 2,8 bilhões

Aumento de taxa sobre apostas levanta alerta no setor, que prevê prejuízo de R$ 2,8 bilhões

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 12/08/2025 às 08:55 / Leia em 3 minutos

As casas de apostas online foram legalizadas no Brasil desde o primeiro dia de 2025, resultando em regras próprias para o país. Com isso, as empresas interessadas em seguir operando precisaram se enquadrar.

Porém, com menos de um ano ativas, já precisam aceitar uma nova taxa no setor, o que movimentou o mercado e gerou alerta sobre perdas significativas. Em meio a esse debate, cresce a discussão sobre a popularidade do jogo do tigrinho, que se tornou um fenômeno no universo das apostas digitais. Pratique o jogo seguro.

Atualmente, as apostas se encontram legalizadas no Brasil desde o dia 1º de janeiro, entretanto, as apostas físicas necessitam da aprovação do Senado Federal e seguem proibidas.

Essa elevação da taxa de apostas surge para compensar a eliminação do decreto que regulamentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas as empresas do setor estimam um prejuízo de R$ 2,8 bilhões.

Brasil teve arrecadação recorde, mas pode perder valores com aumento de taxas

Segundo os dados do Governo Federal, em apenas cinco meses de regulamentação o Brasil arrecadou 3 bilhões de reais no setor. Dentro desse valor está a outorga de R$ 30 milhões que cada empresa paga para receber a liberação de operação por cinco anos.

Além disso, o setor tem uma alíquota de 12% sobre a receita bruta dos jogos, o GGR, Gross Gaming Revenue. Porém, é justamente esse o ponto que está gerando insatisfação e debate.

A partir de outubro, essa porcentagem sobe para 18% por meio de uma Medida Provisória. Porém, resulta em prejuízo para as empresas e potencialmente afasta novas marcas do país.

A ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias) estimou que o aumento fará o Brasil perder cerca de R$ 2,4 bilhões com desistências de operadores. Atualmente, são 289 solicitações de autorização em análise na Secretaria de Prêmios e Apostas.

No entanto, esse valor pode alcançar até R$ 2,8 bilhões, considerando que a ANJL estima ainda um prejuízo adicional de até R$ 400 milhões devido à falta de investimentos em títulos públicos federais, que é uma exigência do processo de legalização, mas que pode ser comprometida por possíveis desistências.

O presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, destacou que o governo deve focar na legalização de empresas irregulares e não em elevar a carga tributária. Inclusive, a entidade fez uma parceria com o IBJR (Instituto Brasileiro de Jogo Responsável) para um estudo que mostrou que, no Brasil, entre 60% a 70% das operações são em casas sem licença.

Ministro defendeu aumento das taxas

O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, defendeu o aumento dos impostos para casas de apostas no Brasil. Segundo ele, “fazem fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui”.

Plínio Lemos Jorge respondeu e justificou que o ministro se referiu às empresas ilegais.

“Quando o ministro fala das empresas lá fora, significa que são empresas que não têm licença no Brasil”, comentou.

Porém, essa não é a primeira vez que Haddad tem falas contra a legalização dos jogos no país. A ABFS (Associação de Bets e Fantasy Sport) chegou a se posicionar contra declarações do ministro, emitindo nota oficial.

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