O cantor e compositor Arlindo Cruz, que morreu nesta quinta-feira (8), aos 66 anos, teve um acidente vascular cerebral (AVC) que mudou totalmente o rumo da sua vida. O artista estava de malas prontas para fazer um show em Salvador quando passou mal e foi encontrado inconsciente em casa, no Rio de Janeiro. Tudo aconteceu no dia 17 de março de 2017.
Na época, o músico foi hospitalizado com urgência, sendo submetido a coma induzido para minimizar os danos neurológicos. Apesar disso, ele enfrentou oito anos de uma dura batalha, com limitações na fala, na capacidade motora e em realizar qualquer atividade simples do dia a dia sem auxílio. De acordo com a família, após o AVC, o cantor desenvolveu uma doença autoimune e também passou a depender de equipamentos médicos para manter funções vitais, como uma sonda para se alimentar, e uma traqueostomia para conseguir respirar.
Na época em que teve o AVC, Arlindo se preparava para uma apresentação no Festival Vozes do Brasil, em Salvador, que acabou cancelada após o incidente. Recentemente, Arlindo enfrentou uma nova crise de saúde grave e chegou a ter uma parada cardíaca de cerca de 15 minutos.
Durante todo esse período, o sambista permaneceu com sequelas severas, que afetaram sua fala e mobilidade, impedindo seu retorno aos palcos e às atividades musicais. Recebeu cuidados médicos intensivos, com sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, contando sempre com o apoio da família.
