Marca de chocolate fundada por baiana tem expansão aos EUA travada por tarifa de Trump

Marca de chocolate fundada por baiana tem expansão aos EUA travada por tarifa de Trump

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 06/08/2025 às 13:19 / Leia em 2 minutos

A marca de chocolates finos Luzz Cacau, fundada pela empreendedora baiana Josiane Luz, natural de Iguaí (BA), teve os planos de expansão para os Estados Unidos frustrados após o anúncio de uma nova tarifa de importação.

A empresa, que já exporta seus premiados chocolates para sete países europeus, estava em negociação com uma distribuidora norte-americana para iniciar as vendas no mercado dos EUA ainda em 2025. Com a operação quase fechada, o negócio foi interrompido na semana passada — dois dias após o presidente Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre parte dos produtos brasileiros, incluindo o cacau e seus derivados.

“Estava com uma expectativa muito grande que o chocolate fosse excluído da nova taxação, mas infelizmente não foi o caso”, contou Josiane em entrevista ao Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Segundo ela, a entrada no mercado americano poderia dobrar o faturamento anual da Luzz Cacau, que gira em torno de R$ 3 milhões.

A empreendedora investiu R$ 25 mil na adaptação das embalagens e da operação para atender às exigências do mercado norte-americano. “Como uma pequena empresa, qualquer valor que sai do nosso caixa já impacta muito a operação”, afirmou.

A Luzz Cacau foi fundada no final de 2019 e já acumula diversos prêmios no Brasil e no exterior. Em 2024, conquistou quatro medalhas no International Chocolate Awards, incluindo categorias regionais e mundiais. No ano anterior, foi reconhecida pela Academy of Chocolate, de Londres.

Filha, neta e bisneta de produtores de cacau, Josiane transformou sua trajetória familiar ao apostar no segmento de cacau fino, após uma viagem à Espanha que revelou o prestígio do chocolate brasileiro fora do país.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 175 milhões em chocolates para os EUA, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Só no primeiro semestre de 2025, o montante já ultrapassa os US$ 111 milhões.

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